O protagonismo da professora Zuleide Fernandes Queiroz
##plugins.themes.bootstrap3.article.sidebar##
O artigo trata do dinamismo militante de uma mulher negra que conseguiu deslocamento social e destacou-se por sua luta pela interiorização da pós-graduação, maior justiça social e igualdade de gênero e raça. O objetivo foi biografar Zuleide Fernandes Queiroz com ênfase na sua atuação como docente universitária militante política e sua inserção nos movimentos negro, sindical e feminista, no recorte temporal de 1994 a 2019. Desenvolveu-se uma pesquisa do tipo biográfica, ancorada teoricamente na História Cultural e metodologicamente na História Oral. Os dados foram coletados por intermédio de entrevista livre com a biografada. Os resultados inferem que a atuação docente de Zuleide Fernandes Queiroz na Universidade Regional do Cariri fomentou, por meio do ensino e da pesquisa, um projeto de educação libertadora que considera os problemas práticos da realidade social do Nordeste, os quais dificultam a emancipação humana, em especial da mulher. Protagonista na expansão da oferta de curso de graduação e na implementação da pós-graduação em Educação no interior do Ceará, desenvolveu sua práxis educativa indissociada da sua militância política, pois a sua luta mostrou-se diária em prol da resistência às discriminações e às desigualdades agravadas pelo preconceito de raça, de classe e de gênero.
##plugins.themes.bootstrap3.article.main##
Autores
ALBERTI, V. História dentro da História. In: PINSKY, C. B. (org.). Fontes históricas. São Paulo: Contexto, 2010, p.155-202.
ALMEIDA, R. Bolsonaro presidente: conservadorismo, evangelismo e a crise brasileira. Novos estudos Cebrap, São Paulo, v. 38, n. 1, p. 185-213, 2019. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-33002019000100010&script=sci_arttext#B4. Acesso em: 21 out. 2020.
ARAÚJO, H. L. M. R. A tradicional escola normal rural cearense chega ao bairro de Fátima: formação das primeiras professoras primárias (1958-1950). Fortaleza: UFC, 2015.
AVRITZER, L.; KERCHE, F. Governo Bolsonaro: retrocesso democrático e degradação política. São Paulo: Autêntica, 2021.
BESSE, S. K. Modernizando a desigualdade: reestruturação da ideologia de gênero no Brasil. São Paulo: USP, 1999.
BOSI, E. A pesquisa em memória social. Psicologia, São Paulo, v. 4, n. 2, p. 277-284, 1993. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/psicousp/article/view/34480/37218. Acesso em: 21 out. 2020.
BRASIL. Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997. Estabelece normas para as eleições. Brasília, 30 de setembro de 1997; 176º da Independência e 109º da República. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 1º out. 1997.
BRASIL. Lei nº 12.034, de 29 de setembro de 2009. Altera as Leis n° 9.096, de 19 de setembro de 1995 - Lei dos Partidos Políticos, 9.504, de 30 de setembro de 1997, que estabelece normas para as eleições, e 4.737, de 15 de julho de 1965 - Código Eleitoral. Brasília, 29 de setembro de 2009. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 30 set. 2009.
BRASIL. Tribunal Superior Eleitoral. Eleições 2006. Consulta e resultados eleitorais. 2006a. Disponível em: http://inter04.tse.jus.br/ords/dwtse/f?p=117:1:::NO:::. Acesso em: 21 out. 2020.
BURKE, P. O que é história cultural?. Tradução: Sérgio Goes de Paula. 2. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.
CARVALHO, D. M. S.; FRANÇA, D. X. Estratégias de enfrentamento do racismo na escola: uma revisão integrativa. Educação & Formação, Fortaleza, v. 4, n. 12, p. 148-168, 2019. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/redufor/article/view/974. Acesso em: 11 abr. 2022.
COMPARATO, B. K. Memória e silêncio: a espoliação das lembranças. Lua Nova, São Paulo, n. 92, p. 145-176, 2014. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010264452014000200006&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 24 set. 2020.
DAVIS, A. Mulheres, raça e classe. São Paulo: Boitempo, 2016.
DOMINGUES, P. A insurgência de ébano: a história da Frente Negra Brasileira. 2005. Tese (Doutorado em História) – Programa de Pós-Graduação em História, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2005.
DOSSE, F. O desafio biográfico: escrever uma vida. Tradução: Gilson César Cardoso Douza. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2015.
FAGUNDES, T. B. “... e uma alternativa para a exclusão escolar, tem?”. Revista Brasileira de Pós-Graduação, Brasília, DF, v. 8, n. 1, p. 181-202, 2011. Disponível em: https://rbpg.capes.gov.br/index.php/rbpg/article/view/246. Acesso em: 11 abr. 2022.
FERRAROTI, F. Sobre a autonomia do método biográfico. In: NÓVOA, A.; FINGER, M. (orgs.). O método (auto)biográfico e a formação. Lisboa: MS/DRHS/CFAP, 1998, p. 17-34.
FIALHO, L. M. F.; SOUSA, F. G. A. Política pública de juventudes: percepções dos bolsistas do Prouni. Jornal de Políticas Educacionais, Curitiba, v. 11, n. 17, p. 1-20, 2017. Disponível em: http://revistas.ufpr.br/jpe/article/view/53612/34014. Acesso em: 21 set. 2020.
FIALHO, L. M. F.; FREIRE, V. C. F. Educação formativa de uma líder política cearense: Maria Luíza Fontenele (1950-1965). Cadernos de História da Educação, Uberlândia, v. 17, n. 2, p. 343-364, 2018. Disponível em: http://www.seer.ufu.br/index.php/che/article/view/43290. Acesso em: 24 set. 2020.
FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. 5. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
FRIGOTTO, G.; MOLINA, H. Estado, educação e sindicalismo no contexto da regressão social. Revista Retratos da Escola, Brasília, DF, v. 4, n. 6, p. 37-51, 2010.
Disponível em: http://retratosdaescola.emnuvens.com.br/rde/article/view/67. Acesso em: 7 out. 2020.
GODOY, E. D. Educação e desempenho sexual integral: uma abordagem filosófica feminista. Educação & Formação, Fortaleza, v. 6, n. 2, p. 1-23, 2021. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/redufor/article/view/4448. Acesso em: 11 abr. 2022.
GOMES, N. L. O movimento negro educador: saberes construídos na luta por emancipação. Petrópolis: Vozes, 2017.
HOOKS, B. O feminismo é para todo mundo. Tradução: Ana Luiza Libânio. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 2018.
KLÜBER, T. E. Um “modelo pedagógico” para a formação de pesquisadores em Educação e Ensino: relato, análise e reflexões. Revista Brasileira de Pós-Graduação, Brasília, DF, v. 13, n. 31, p. 535-555, 2017. Disponível em: https://rbpg.capes.gov.br/index.php/rbpg/article/view/1082. Acesso em: 12 abr. 2022.
LE GOFF, J. História e nova história. Tradução: Carlos da Veiga Ferreira. Lisboa: Teorema, 2008.
LIBÂNEO, J. C.; PIMENTA, S. G. Formação de profissionais da Educação: visão crítica e perspectiva de mudança. Educação & Sociedade, São Paulo, v. 20, n. 68, p. 239-277, 1999. Disponível em: https://www.scielo.br/j/es/a/GVJNtv6QYmQY7WFv85SdyWy/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 12 abr. 2022.
MACHADO, L. R. S.; SANTOS, E. H.; QUARESMA, A. G. Cursos de mestrado no Brasil, na França e em Portugal: elementos de uma abordagem comparativa. Revista Brasileira de Pós-Graduação, Brasília, DF, v. 11, n. 26, p. 939-964, 2014. Disponível em: https://rbpg.capes.gov.br/index.php/rbpg/article/view/556. Acesso em: 11 abr. 2022.
MAUÉS, O. C. O Sindicato da Educação Superior e as políticas educacionais. Germinal: Marxismo e Educação em Debate, Salvador, v. 7, n. 2, p. 252-262, 2015. Disponível em: https://portalseer.ufba.br/index.php/revistagerminal/article/view/13351/10457. Acesso em: 8 out. 2020.
MEIHY, J. C. S. B.; HOLANDA F. História oral: como fazer como pensar. São Paulo: Contexto, 2015.
MEZZAROBA, C.; CARRIQUIRIBORDE, N. Teoria e prática: questões imprescindíveis à prática educativa. Educação & Formação, Fortaleza, v. 5, n. 3, p. 1-20, 2020. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/redufor/article/view/2807. Acesso em: 12 abr. 2022.
MINAYO, M. C. S. Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Petrópolis: Vozes, 1994.
NUNES, M. L. S.; TEIXEIRA, M. M.; MACHADO, C. J. S. (orgs.). Eu conto, você conta: leituras e pesquisas (auto)biográficas. Fortaleza: UECE, 2017.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Objetivos de desenvolvimento sustentável. Disponível em: https://brasil.un.org/pt-br/sdgs. Acesso em: 10 mar. 2022.
PRIORE, M. D. História das mulheres no Brasil. 7. ed. São Paulo: Contexto, 2004.
RIBEIRO, D. O que é lugar de fala?. Belo Horizonte: Justificando, 2017.
RODRIGUES, R. M. Biografia e gênero. In: FIALHO, L. M. F.; VASCONCELOS, J. G.; SANTANA, R. J. (orgs.). Biografia de mulheres. Fortaleza: UECE, 2015. p. 54-70.
SAVIANI, D. História das ideias pedagógicas no Brasil. São Paulo: Autores Associados, 2011.
SOARES, M. P. S. B. Formação permanente de professores: um estudo inspirado em Paulo Freire com docentes dos anos iniciais do ensino fundamental. Educação & Formação, Fortaleza, v. 5, n. 13, p. 151-171, 2019. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/redufor/article/view/1271. Acesso em: 11 abr. 2022.
SOUSA, J. M. Sistema educacional cearense. Recife: MEC/Inep, 1961.
SOUSA, L. A.; PONTES JUNIOR, J. A. F.; LEITE, R. H. Edurural: uma experiência pioneira em avaliação em larga escala no Brasil (1980-1987). Historia de la Educación, Buenos Aires, v. 22, n. 1, p. 51-60, 2021. Disponível em: http://www.scielo.org.ar/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2313-92772021000100051&lng=es&nrm=iso. Acesso em: 6 abr. 2022.
THOMPSON, P. A voz do passado: História Oral. 3. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002.
TIBURI, M. Feminismo em comum: para todas, todes e todos. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 2018.
VIEIRA, S. L. Documentos de política educacional no Ceará: Império e República. Brasília: Inep, 2002.
##plugins.themes.bootstrap3.article.details##
Como Citar
Seção
Dossiê TemáticoPublicado:
set. 13, 2023Biography, The black woman, Female participation, Woman in Science, Political militancy Biografía, Mujer negra, Participación femenina, Mujer en la ciencia, Militancia política Biografia, Mulher negra, Participação feminina, Mulher na ciência, Militância política
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.