Políticas afirmativas de acesso e permanência da mulher pesquisadora na Universidade de São Paulo

##plugins.themes.bootstrap3.article.sidebar##

Resumo

Este artigo tem como objetivo analisar políticas afirmativas que versem sobre o acesso e a permanência da mulher pesquisadora no contexto acadêmico da Universidade de São Paulo a partir do ano de 2000. A fundamentação teórica está alojada no campo interdisciplinar dos estudos do gênero, especificamente no que compete às discussões sobre feminismo e relativização das identidades. A metodologia é do tipo documental com abordagem qualitativa. A obtenção de dados ocorreu por meio de bancos de dados online como: Google Acadêmico, Scielo, Portal da Universidade Estadual de São Paulo e Jornal da USP, através dos termos: Políticas afirmativas da mulher, mulher pesquisadora e pesquisadora na USP, de outubro de 2021 a março de 2022. Após a obtenção e análise de dados, foram encontradas 12 políticas afirmativas visando o acesso e a permanência da mulher no ensino e na pesquisa universitária na USP. Apesar das mulheres serem 48,83% dos alunos de graduação, o número de docentes mulheres é de 37,96%, contra os 62,04% de homens.

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Autores
Biografia
Thiago Luiz Sartori, Universidade de São Paulo

Doutorando em Mudança Social e Participação Política pela Universidade de São Paulo. Professor de Direito na Universidade Anhanguera Educacional – São Paulo – SP.

Referências

BAUMAN, Z. Modernidade líquida. Rio de Janeiro: Editora Zahar, 2001.
BORTONI-RICARDO, S. M. O professor pesquisador: introdução à pesquisa qualitativa. São Paulo: Parábola Editorial, 2008.
BUTLER, J. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.
BUTLER, J. Hablando claro, contestando. El feminismo crítico de Joan Scott. Rey Desnudo–Revista de Libros, a. II, n. 4, p. 31-52, 2014.
CARVALHO, M. S.; COELI, C. M.; LIMA, L. D. de. Mulheres no mundo da ciência e da publicação científica. Cadernos de saúde pública, v. 34, p. e00025018, 2018.
CASTRO, N. M. Histórias de in/exclusão na escola: análise semiótica de histórias de vida e de formação de acadêmicos homossexuais na UFT. 2018. Tese (Doutorado em Ensino de Língua e Literatura) – Universidade Federal do Tocantins, Araguaína, 2018.
FAUSTO-STERLING, A. Dualismos em duelo. Cadernos Pagu, Campinas, Núcleo de Estudos de Gênero/UNICAMP, n. 17-18, p. 9-79, 2002.
FAZENDA, I. Interdisciplinaridade-Transdisciplinaridade: visões culturais e epistemológicas. In: FAZENDA, I (org.). O que é Interdisciplinaridade?. São Paulo: Editora Cortez, 2008. p. 17-28.
GARCÍA-HOLGADO, A.; DÍAZ, A. C.; GARCÍA-PEÑALVO, F. J. Engaging women into STEM in Latin America: W-STEM project. In: Proceedings of the seventh International Conference on Technological Ecosystems for Enhancing Multiculturality. 2019. p. 232-239.
GENDER IN THE GLOBAL RESEARCH LANDSCAPE. Analysis of research performance through a gender lens across 20 years, 12 geographies, and 27 subject áreas. 2017. Disponível em: https://www.elsevier.com/__data/assets/pdf_file/0008/265661/ElsevierGenderReport_final_for-web.pdf?utm_source=GSRC&utm_campaign=GSRC&utm_medium=GSRC. Acesso em: 25 abr. 2022.
GIACOMASSI, F. Mulheres conquistam mais espaço na ciência. Jornal do Campus, 2017. Disponível em: http://www.jornaldocampus.usp.br/index.php/2017/04/mulheres-conquistam-mais-espaco-na-ciencia/. Acesso em: 25 abr. 2022.
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa sócial. São Paulo: Atlas, 2006.
HEILBRONNER, N. N. The STEM pathway for women: what has changed?. Gifted Child Quarterly, v. 57, n. 1, p. 39-55, 2013.
JORNAL DA USP. Pesquisadoras revelam os desafios das mulheres para fazer ciência. Disponível em: https://jornal.usp.br/universidade/pesquisadoras-revelam-os-desafios-das-mulheres-para-fazer-ciencia/. Acesso em: 25 abr. 2022.
LERBACK, J.; HANSON, B. Journals invite too few women to referee. Nature, v. 541, n. 7638, p. 455-457, 2017.
LIMA, S. R. A. de. Mais reflexão, menos informação. In: FAZENDA, I. (org.). O que é interdisciplinaridade. São Paulo: Cortez, 2008. p. 185-199.
MERGULHO NA CIÊNCIA. Início. Disponível em: https://www.mergulhonaciencia.com/. Acesso em: 25 abr. 2022.
MIÑOSO, Y. E. Hacer genealogía de la experiencia: el método hacia una crítica a la colonialidad de la Razón feminista desde la experiencia histórica en América Latina. Rev. Direito Práx., Rio de Janeiro, v. 10, n. 03, 2019 p. 2007-2032.
MOITA LOPES, L. P. da. Discursos de identidades: discurso como espaço de construção de gênero, sexualidade, raça, idade e profissão na escola e na família. Campinas/SP: Mercado de Letras, 2003.
MOREIRA, M. I. C. et al. Mulheres, travestis e transexuais: interseções de gênero em documentos de políticas públicas. Fractal: Revista de Psicologia, v. 30, n. 2, p. 234-242, maio/ago., 2018.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU). Relatório ElasPorElas. 2015. Disponível em: https://www.onumulheres.org.br/wp-content/uploads/2015/03/ElesPorElas_universidades.pdf. Acesso em. 11 abril 2024.
PEREIRA, B. G.; ANGELOCCI, M. A. Metodologia da pesquisa. Pará de Minas (MG): Editora VirtualBooks, 2021.
REYNOLDS, A. C. et al. Perceptions of success of women early career researchers. Studies in Graduate and Postdoctoral Education, v. 9, n. 1, p. 2-18, 2018. Disponível em: https://www.emerald.com/insight/content/doi/10.1108/SGPE-D-17-00019/full/html. Acesso em: 25 abr. 2022.
SARTORI, T. L.; PEREIRA, B. G. Direitos humanos e políticas públicas na educação superior: algumas palavrassobre identidades de gênero. In: RIBEIRO, A. C. F et al. (orgs.). Práticas da interdisciplinaridade na educação. Pará de Minas: Editora Virtual Books, 2022, v. 1, p. 58-63.
SCOTT, J. W. Igualdad versus diferencia: los usos de la teoria postestructuralista. Debate Feminista, Mexico, v. 5, p. 85-104, mar., 1992.
SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Cortez, 2007.
SMITH, A. S. P. O.; SANTOS, J. L. O. Corpos, identidades e violência: o gênero e os direitos humanos. Rev. Direito e Práx., Rio de Janeiro, v. 08, n. 2, 2017, p. 1083-1112.
TILLY, L. A. Gênero, história das mulheres e história social. Cadernos Pagu, Campinas, n. 3, p. 29-62, 1994.
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP). Incentivando garotas na computação. 2019. Disponível em: http://each.uspnet.usp.br/petsi/grace/. Acesso em: 25 abr. 2022.
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP). Technovation summer school for girls. 2022. Disponível em: https://cemeai.icmc.usp.br/so-para-meninas-technovation-summer-school-for-girls-abre-inscricoes/. Acesso em: 25 abr. 2022.
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP). Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC). Simpósio de Matemática para Graduação. 2019. Disponível em: https://sim.icmc.usp.br/sim2019/. Acesso em. 11 abril 2024.
VIANNA, C.; BORTOLINI, A. Discurso antigênero e agendas feministas e LGBT nos planos estaduais de educação: tensões e disputas. Educação e Pesquisa, v. 46, 2020.
YONG, E. I spent two years trying to fix the gender imbalance in my stories. The Atlantic, v. 6, 2018.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##


Como Citar

SARTORI, T. L. Políticas afirmativas de acesso e permanência da mulher pesquisadora na Universidade de São Paulo . Revista Brasileira de Pós-Graduação, [S. l.], v. 19, n. 40, p. 1–18, 2024. DOI: 10.21713/rbpg.v19i40.1897. Disponível em: https://rbpg.capes.gov.br/rbpg/article/view/1897. Acesso em: 5 dez. 2024.

Seção

Artigos

Publicado:

out. 31, 2024
Palavras-chave:

Ciência, Gênero, Mulher pesquisadora, Universidade

Creative Commons License

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.