WOMEN IN STRICTO SENSU GRADUATE PROGRAMS IN BRAZIL A DECOLONIAL PROCESS OF KNOWLEDGE

##plugins.themes.bootstrap3.article.sidebar##

Abstract

This article seeks to analyze the entry of women into Stricto Sensu Postgraduate Programs in Brazil between 2017 and 2020, focusing on the discussion of race and gender from the perspective of intersectionality. The aim of this study is to find out the racial and gender profile of female students in these programs. Based on this identification, a mapping of the number of white, brown and black women entering postgraduate programs was carried out using data provided by the Coordination for the Improvement of Higher Education Personnel (CAPES). The aim was to identify possible influences of factors related to gender and racial belonging in the occupation of this training environment, which has historically been established as a predominantly white, markedly Eurocentric and male space in science. To this end, a qualitative approach was used, with a literature review in the light of discussions by Crenshaw (2002), Grosfoguel (2018), Lugones (2008, 2014), Maldonado-Torres (2018), Perrot (2018), among others. The results show that scientific knowledge, from a gender and race perspective, is gradually taking on a decolonial process caused by paradigmatic changes in the role of women in the production of academic knowledge.

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Autores
Biografia
Jackeline Maciel de Azevedo, Universidade do Estado da Bahia

Mestranda no Programa de Pós-Graduação Educação, Cultura e Territórios Semiáridos (PPGESA) pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB) – Juazeiro – BA.

Hanna Karoliny Feitosa Barbosa, Universidade do Estado da Bahia

Master's student in the Postgraduate Program in Education, Culture and Semi-Arid Territories - PPGESA, Degree in Pedagogy from the Department of Human Sciences (DCH) of Campus III of the State University of Bahia - UNEB, Postgraduate student in Institutional and Clinical Psychopedagogy from the Faculty of Higher Education of Pernambuco (FACESP). I am member of the Research and Extension Project Reflexão dos Referencias da Educação Contextualizada and the Research Group on Contextualized Education, Culture and Territory EDUCERE and has participated as a volunteer in the Association for Community Development and Action (ADAC) and as a scholarship holder in UNEB's Scientific Initiation Program, through the Pro-Rectory for Research and Postgraduate Teaching (PPG).

Marcia Guena, Universidade do Estado da Bahia

Journalist, graduated from USP's School of Communication and Arts. PhD in History from the Complutense University of Madrid (UCM). Master's degree from the Postgraduate Program in the Integration of America at the University of São Paulo (USP). She teaches Journalism in Multimedia at the State University of Bahia (UNEB) Juazeiro Campus and is a collaborating professor in the Postgraduate Program in Education, Culture and Semi-Arid Territories (PPGESA-UNEB). She is currently carrying out research in the field of Communication, with photography, and ethnic-racial hierarchies, studying quilombola communities and religions of African origin in the São Francisco sub-middle region, from an Afrodiasporic and docolonial perspective. She is vice-coordinator of the research project RHECADOS - Racial Hierarchies, Communication and Human Rights, coordinator of the GP Antiracist Communication and Afrodiasporic Thought of the Intercom Brazilian Society for Interdisciplinary Communication Studies and Director of Culture at Intercom.

Referências

ALMEIDA, A. A construção social do ser homem e ser mulher. Salvador: EDUNEB, 2010.
ALMEIDA, S. Racismo estrutural. São Paulo: Pólen, 2019.
BENTO, C. Pacto da branquitude. São Paulo: Companhia das Letras, 2022.
BRASIL. Lei n° 12.711, de 29 de agosto de 2012. Dispõe sobre o ingresso nas universidades federais e nas instituições federais de ensino técnico de nível médio e dá outras providências. Brasília, DF: Diário Oficial da União, 2008.
BRASIL. Lei n° 11.645, de 10 de março de 2008. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”. Brasília, DF: Diário Oficial da União, 2008.
BRASIL. Ministério da Educação. Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoas de Ensino Superior. Mulheres permanecem como maioria na pós-graduação brasileira. CAPES, Brasília, DF, 8 mar. 2018. Disponível em: https://www.gov.br/capes/pt-br/assuntos/noticias/mulheres-permanecem-como-maioria-na-pos-graduacao-brasileira. Acesso em: 7 jul. 2023.
BRASIL. Ministério da Educação. Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoas de Ensino Superior. Relatório de avaliação quadrienal 2021. Brasília, DF: CAPES, 2021. Disponível em: https://www.gov.br/capes/pt-br/centrais-de-conteudo/documentos/avaliacao/19122022_RELATORIO_AVALIACAO_QUADRIENAL_comnotaServioSocial.pdf. Acesso em: 29 maio 2024.
BRASIL. Ministério da Educação. Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoas de Ensino Superior. Governo Federal inclui pós-graduação na Lei de Cotas: Presidente Lula sancionou a atualização da legislação para ampliar a presença de grupos sub-representados na educação superior. CAPES, Brasília, DF, 31 maio 2023. Disponível em: https://www.gov.br/capes/pt-br/assuntos/noticias/governo-federal-inclui-pos-graduacao-na-lei-de-cotas. Acesso em: 2 jun. 2024.
BRASIL. Ministério do Planejamento e Orçamento. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística(IBGE). Censo demográfico: cor ou raça. Rio de Janeiro: IBGE, 2022. Disponível em: https://censo2022.ibge.gov.br/panorama/?utm_source=ibge&utm_medium=home&utm_campaign=portal. Acesso em: 29 maio 2024.
CARAÇA, J. Um discurso sobre as ciências passadas e presentes. In: SANTOS, B. de S. (org.). Conhecimento prudente para uma vida decente: um discurso sobre as ciências revisitado. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2006.
CARNEIRO, S. Dispositivo de racialidade: a construção do outro como não ser como fundamento do ser. Rio de Janeiro: Editora Schwarcz S.A, 2023.
CRENSHAW, K. Documento para o encontro de especialistas em aspectos da discriminação racial relativos ao gênero. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 10, p. 171-188, 2002.
GONZALEZ, L. Por um feminismo afro-latino-americano: ensaios, intervenções e diálogos. Rio de Janeiro: Zahar, 2020.
GROSFOGUEL, R. Para uma visão decolonial da crise civilizatória e dos paradigmas da esquerda ocidentalizada. In: BERNADINO-COSTA, J.; MALDONADO-TORRES, N.; GROSFOGUEL, R. (orgs.). Decolonialidade e pensamento afrodiaspórico. Belo Horizonte: Autêntica, 2018.
KILOMBA, G. Memórias da plantação: episódios de racismo cotidiano. Rio de Janeiro: Cobogó, 2019.
KUHN, T. S. A estrutura das revoluções científicas. 12. ed. São Paulo: Respectiva, 2013.
LÜDKE, M.; ANDRÉ, M. E. D. A. Pesquisa em Educação: abordagens qualitativas. 2. ed. Rio de Janeiro: E.P.U., 2022.
LUGONES, M. Colonialidad y género. Tabula Rasa Bogotá, Colombia, n. 9, p. 73-101, 2008.
LUGONES, M. Rumo a um feminismo descolonial. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 22, n. 3, p. 935-952, 2014.
MALDONADO-TORRES, N. Analítica da colonialidade e da decolonialidade: algumas dimensões básicas. In: BERNARDINO-COSTA, J.; MALDONADO-TORRES, N.; GROSFOGUEL, R. (orgs.). Decolonialidade e pensamento afrodiaspórico. Belo Horizonte: Autêntica, 2018.
MIGNOLO, W. D. Colonialidade: o lado mais escuro da modernidade. Revista Brasileira de Ciências Sociais, São Paulo, v. 32, n. 94, 2017.
MORAES, L. L.; SILVA, R. A.; SIEBER, S. S. Os avanços da escolaridade feminina: de quais mulheres estamos falando? SciELO Preprints, São Paulo, 2024.
MORIN, E. Os sete saberes necessários à Educação do futuro. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2000.
PERROT, M. Minha história das mulheres. São Paulo: Contexto, 2007.
QUIJANO, A. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. Buenos Aires: Clacso, 2015.
PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO (PNUD). Relatório do PNUD avalia desenvolvimento humano no Brasil antes e depois da pandemia de covid-19: Lançamento marca os 25 anos do IDH no país e aponta para necessidade de enfrentar desigualdades de raça e gênero. PNUD, Brasília, DF, 29 maio 2024. Disponível em: https://www.undp.org/pt/brazil/news/relatorio-do-pnud-avalia-desenvolvimento-humano-no-brasil-antes-e-depois-da-pandemia-de-covid-19. Acesso em: 1 jun. 2024.
RIBEIRO, C. Mulheres negras e indígenas são 2,5% dos professores de pós-graduação: Pesquisa da UERJ quantificou desigualdade racial na ciência. Agência Brasil, Rio de Janeiro, 22 nov., 2023. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/radioagencia-nacional/geral/audio/2023-11/mulheres-negras-e-indigenas-sao-25-dos-professores-de-pos-graduacao. Acesso em: 2 jun. 2024.
SANTOS, C. La apropiación de las TIC por mujeres negras brasileñas. In: GUENA, M.; SANTOS, C. (orgs.). Racismo na comunicação: até quando. Curitiba: CRV, 2022, p. 135-163
SILVA, F. P. A. Saberes de vidas: rodas interativas, diálogos e o movimento de mulheres negras. Práxis Educativa, Ponta Grossa, v. 17, 2022.
SILVA, J. S. Territórios e interculturalidade na perspectiva da educação contextualizada. In: ANAIS DO II COLÓQUIO DE PÓS-GRADUAÇÃO DO VALE DO SÃO FRANCISCO E III WORKSHOP NACIONAL DE EDUCAÇÃO CONTEXTUALIZADA PARA A CONVIVÊNCIA COM O SEMIÁRIDO, 2, 2013, Juazeiro, Anais [...]. Juazeiro, 2013. Disponível em: https://ppgesa.uneb.br/wp-content/uploads/2022/08/Jose-de-Souza-Silva-Territorios-e-interculturalidade-na-perspectiva-da-educacao-contextualizada.pdf. Acesso em: 31 maio 2024.
STAMATTO, M. I. S. Um olhar na História: a mulher na escola (Brasil: 1549 – 1910). Programa de Pós-Graduação em Educação – UFRN. II Congresso Brasileiro de História da Educação, 2002. Disponível em: https://www.tjrj.jus.br/documents/10136/3936242/a-mulher-escola-brasil-colonia.pdf. Acesso: 31 maio 2024.
TABAK, F. Gênero, conhecimento, ciência e poder. In: CARVALHO, M. E. P.; PEREIRA, M. Z. da C (orgs.). Gênero e Educação: múltiplas faces. João Pessoa: Editora Universitária/UFPB, 2003.
TOSI, L. Mulher e ciência: a revolução científica, a caça às bruxas e a ciência moderna. Cadernos Pagu, Campinas, n. 10, p. 369-397, 1998.
VENTURINI, A. C. A presença das mulheres nas universidades brasileiras: um panorama de desigualdade. Seminário Internacional Fazendo Gênero, v. 11, p. 1-15, 2017. Disponível em: https://www.en.wwc2017.eventos.dype.com.br/resources/anais/1500230828_ARQUIVO_AnnaCarolinaVenturini_Texto_completo_MM_FG.pdf. Acesso em: 31 maio 2024.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##


How to Cite

MACIEL DE AZEVEDO, J.; BARBOSA, H. K. F.; GUENA, M. WOMEN IN STRICTO SENSU GRADUATE PROGRAMS IN BRAZIL: A DECOLONIAL PROCESS OF KNOWLEDGE. Brazilian Journal of Graduate Studies, [S. l.], v. 19, n. 40, p. 1–26, 2025. DOI: 10.21713/rbpg.v19i40.2271. Disponível em: https://rbpg.capes.gov.br/rbpg/article/view/2271. Acesso em: 7 jun. 2025.

Keywords:

Postgraduate, Woman, Gender, Race, Decoloniality Posgrado, Mujer, Género, Raza, Decolonialidad Pós-graduação, Mulher, Gênero, Raça, Interseccionalidade.