O sistema de C&T no Brasil e a cooperação internacional: notas sobre a experiência Capes/Cofecub
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A recuperação da experiência do Acordo entre a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior e o Comitê Francês de Avaliação da Cooperação Universitária com o Brasil (Capes/Cofecub) a partir de algumas premissas é o objetivo do presente texto. Inicialmente, iremos procurar situar a cooperação internacional em ciência e tecnologia feita a partir do Estado, dentro de uma lógica mais ampla de consolidação da universidade e da comunidade científica no Brasil. Um objetivo ambicioso, mas que deve ser entendido nos quadros de um artigo, portanto com aspectos não necessariamente tratados com a devida profundidade. Em seguida, uma espécie de testemunho pessoal da vivência como bolsista desse Acordo nos seus primeiros anos de funcionamento, num momento particular da vida política do Brasil e das inquietações que povoavam corações e mentes dos jovens docentes dos nossos então recentes programas de pós-graduação. Nosso intuito é mostrar e discernir a importância da cooperação científica internacional para a consolidação das nossas instituições universitárias. A experiência de estrangeiro é, principalmente para os pesquisadores nas ciências sociais, um privilégio: consolida identidades e promove maior autonomia na produção do conhecimento. Ela garante de forma ambivalente maior distanciamento daquilo que é produzido no exterior e funciona como um filtro seletivo daquilo que nos é útil e adequado para compreendermos nós mesmos, numa clara evidência da necessidade permanente de interlocução entre pares.