En la universidad brasileña, ¿maternidad rima con productividad científica?

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Resumen

En este artículo analizamos las relaciones entre carrera académica y maternidad a partir de una investigación empírica con testimonios recogidos de cuatro profesoras de sociología de la Universidad Estatal de Campinas (Unicamp). En estos testimonios, cuestionamos: ¿Cuáles son las tensiones entre carrera y maternidad vividas por estas profesoras? ¿Cómo articulan la maternidad y la carrera las profesoras madres y las profesoras sin hijos? En resumen, ¿en la universidad brasileña la maternidad rima con la productividad científica? El trabajo de Bitencourt (2013) sobre “Maternidad y carrera: reflexiones de académicas en fase de doctorado”, además de ser pionero, nos permitió tener un diálogo teórico-metodológico para el análisis de las relaciones entre carrera y maternidad. Los resultados informan que las profesoras madres experimentan múltiples tensiones en las relaciones entre carrera académica y maternidad: jornadas de trabajo extenuantes, delegación del trabajo reproductivo a otros, más tiempo para construir una carrera y sentimientos de culpa ante la dificultad para conciliar la maternidad con la carrera. Para las profesoras sin hijos, la elección de la no maternidad en detrimento de la carrera, basada en la productividad científica, constituye la principal tensión experimentada. Si la productividad científica es el motor de la carrera académica actual, la maternidad tiende a aparecer como un obstáculo para la construcción de la carrera académica.

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Autores
Biografia
Fernando Henrique Protetti, Instituto Federal de Educación, Ciencia y Tecnología de São Paulo (IFSP)

Doutor em Educação (2019) pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), mestre em Educação Escolar (2010) pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), especialista (2012) em Planejamento, Implementação e Gestão da Educação à Distância pela Universidade Federal Fluminense (UFF), licenciado (2012) em Pedagogia pela Unicamp e licenciado (2005) e bacharel (2008) em Ciências Sociais pela Unesp. Atua como Professor do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP), campus São Paulo, e como Coordenador do Curso de Especialização em Docência na Educação Superior. Integra o Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação e Diferenciação Sócio-Cultural (Gepedisc), linha de pesquisa Trabalho e Educação, da Faculdade de Educação da Unicamp. Seus estudos concentram-se na área de Educação, na interface entre Sociologia, Trabalho e Educação, com ênfase na educação superior e no trabalho docente.

Aparecida Neri de Souza, Universidad Estatal de Campinas (Unicamp)

Possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo (1978), mestrado em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (1993), doutorado em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (1999) e pós-doutoramento em Sociologia do Trabalho pela Université Paris 10, Nanterre, França, no Laboratoire Genre, Travail et Mobilités (GTM). Professora colaboradora no Departamento de Ciências Sociais na Educação (DECISE) e professora permanente do Programa de Pós-graduação em Educação, Linha de Pesquisa Trabalho e Educação, da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Pesquisadora do Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação e Diferenciação Sócio-Cultural (Gepedisc), Linha de Pesquisa Trabalho e Educação. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Sociologia do Trabalho Docente, atuando principalmente nos seguintes temas: Trabalho e Formação Profissional; Relações de Trabalho no Setor Público (professores); Condições e Organização do Trabalho em Universidades; Trabalho, Políticas e Educação; Sociologia do Trabalho e da Educação.

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Cómo citar

PROTETTI, F. H.; SOUZA, A. N. de. En la universidad brasileña, ¿maternidad rima con productividad científica?. Revista Brasileña de Postgrado, [S. l.], v. 18, n. especial, p. 1–16, 2023. DOI: 10.21713/rbpg.v18iespecial.1892. Disponível em: https://rbpg.capes.gov.br/rbpg/article/view/1892. Acesso em: 3 jul. 2024.

Palabras clave:

Brazilian university, Maternity, Academic career, University professors Universidad brasileña, Maternidad, Carrera académica, Profesoras universitarias Universidade brasileira, Maternidade, Carreira acadêmica, Professoras universitárias

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