Um enfoque de gênero sobre o programa de pós-doutorado no exterior da CAPES

##plugins.themes.bootstrap3.article.sidebar##

Resumo

No Brasil, onde ocorre paridade de gêneros na população geral, houve nos últimos anos uma predominância de mulheres enquanto tituladas da graduação, bem como crescimento da presença feminina no campo científico. Porém, sucessivamente, ocorre diminuição percentual da representatividade feminina ao se avançar academicamente, passando por mestrado, doutorado e finalmente pelo pós-doutorado. O estudo tem como objetivo analisar a distribuição de gêneros no Programa de Pós-Doutorado no Exterior (PPDE) da CAPES nas etapas de inscrição, concessão e implementação, verificando se há menor procura pelas bolsas do programa por parte das mulheres ou se há menor seleção, mesmo havendo demanda. Caracteriza-se como análise exploratória quantitativa dos dados de inscrição, concessão e implementação de bolsas do PPDE tendo como foco a distribuição entre gêneros, contemplando o período de 2003 a 2018. Entre os principais resultados, destaca-se a menor candidatura às bolsas por parte das mulheres, além de seleção ainda menor proporcionalmente em relação aos homens.

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Autores
Biografia
Referências

BARROS, S. C. da V.; MOURÃO, L. Gender and science: an analysis of brazilian postgraduation. Estudos de Psicologia (Campinas), Campinas, v. 37, e180108. 2020. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/1982-0275202037e180108. Acesso em: 15 jun. 2022.

BRASIL. Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Programa de Pós-Doutorado no Exterior. Brasília: CAPES, 2021. Disponível em: https://www.gov.br/capes/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/bolsas/bolsas-e-auxilios-internacionais/encontre-aqui/paises/multinacional/programa-de-pos-doutorado-no-exterior. Acesso em: 25 jun. 2022.

BRASIL. Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Diretório dos Grupos de Pesquisa no Brasil: Censo. Brasília: CNPq, 2022a. Disponível em: https://lattes.cnpq.br/web/dgp/pesquisadores-por-sexo. Acesso em: 15 jun. 2022.

BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Projeção da população do Brasil e das unidades da Federação. Brasília: IBGE, 2022b. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/apps/populacao/projecao/index.html. Acesso em: 15 jun. 2022.

BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Censo da educação superior 2020. Brasília: Inep, 2020a. Disponível em: https://www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/pesquisas-estatisticas-e-indicadores/censo-da-educacao-superior/resultados. Acesso em: 15 jun. 2022.

BRASIL. Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE). Brasil: Mestres e Doutores 2019. Brasília: CGEE, 2020b. Disponível em: https://mestresdoutores2019.cgee.org.br. Acesso em: 25 jun. 2022.

BUDDEN, A. E. et al. Double-blind review favours increased representation off emale authors. Trends in Ecology & Evolution, v. 23, n. 1, jan., 2008. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0169534707002704. Acesso em: 13 jun. 2022.

CLANCY, K. B. H. et al. Survey of academic field experiences (SAFE): trainees report harassment and assault. PLoS ONE, v. 9, n. 7, jul., 2014. Disponível em: https://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0102172. Acesso em: 23 jun. 2022.

COMITEE ON SCIENCE, ENGINEERING AND PUBLIC POLICY (COSESUP). Beyond Bias and barriers: fulfilling the potential of women in academic science and engineering. Arlington: National Science Foundation. 2007. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/20669424/. Acesso em: 15 jun. 2022.

CORRELL, S. J. Gender and the career choice process: the role of biased self‐assessments. American Journal of Sociology. v. 106, n. 6, p. 1691-1730, maio, 2001. Disponível em: https://www.jstor.org/stable/10.1086/321299. Acesso em: 21 jun. 2022.

GLIBOFF, S. Sex and the scientific author: m. vaerting and the matilda effect in early twentieth-century Germany. Gender & History, v. 30, n. 2, jul., p. 490-510, 2018. Disponível em: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1111/1468-0424.12364. Acesso em: 21 jun. 2022.

KOVALESKI, N. V. J.; TORTATO, C. S. B.; CARVALHO, M. G. de. As relações de gênero na história das ciências: a participação feminina no progresso científico e tecnológico. Emancipação, [S. l.], v. 13, n. 3, p. 9-26, 2014. Disponível em: https://revistas2.uepg.br/index.php/emancipacao/article/view/5047. Acesso em: 23 jun. 2022.

LIMA, L. G. A. de; CARVALHO, R. B. de; TEIXEIRA, M. do R. F. Internacionalização da Ciência: 30 anos de Pós-Doutorado no Exterior pela CAPES. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS, 12., 2019, Natal. Anais [...]. Natal: UFRN, 2019. Disponível em: https://abrapecnet.org.br/enpec/xii-enpec/anais/resumos/1/R0044-1.pdf. Acesso em: 13 jun. 2022.

MACHADO, L. S. et al. Parent in Science: the impact of parenthood on the
scientific career in Brazil. In: INTERNATIONAL WORKSHOP ON GENDER EQUALITY IN SOFTWARE ENGINEERING, 2., 2019, [s.l.]. Anais [...]. [s.l.]: Parentin is Science, 2019. p. 37-40. Disponível em: https://www.parentinscience.com/documentos. Acesso em: 18 jun. 2022.

MARTINEZ, E. D. et al. Falling off the academic bandwagon. Women are more likely to quit at the postdoc to principal investigator transition. EMBO Reports, 8(11), p. 977-981, 2007. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2247379/. Acesso em: 21 jun. 2022.

MENEZES, D. P. et al. A Física da UFSC em números: evasão e gênero. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, v. 35, n. 1, p. 324-336, abr., 2018. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/fisica/article/view/2175-7941.2018v35n1p324. Acesso em: 18 jun. 2022.

NEGRI, F de. Women in science: still invisible?. In: PICANÇO, L.; PRUSA A. (orgs.). A Snapshot of The Status of Women in Brazil: 2019. Washington: Brazil Institute, Wilson Center; 2019. p. 18-19. Disponível em: https://www.wilsoncenter.org/sites/default/files/media/documents/publication/status_of_women_in_brazil_2019_final.pdf. Acesso em: 21 jun. 2022.

OLIVEIRA, L. de et al. The 100,000 most influential scientists rank: the underrepresentation of Brazilian women in academia. Anais da Academia Brasileira de Ciências [online]. v. 93, suppl 3, 2021. Disponível em: https://www.scielo.br/j/aabc/a/D5gw9F6w76KrGFPYNGn35nF/abstract/?lang=en#. Acesso em: 25 jun. 2022.

PALLIER, G. Gender differences in the self-assessment of accuracy on congnitive tasks. Sex Roles, v. 48, ns. 5/6, mar., 2003. Disponível em: https://link-springer-com.ez1.periodicos.capes.gov.br/article/10.1023/A%3A1022877405718. Acesso em: 13 jun. 2022.

PENN MEDICINE NEWS. Gender bias and the leaking biomedical pipeline. News Blogs, April 2016. Disponível em https://www.pennmedicine.org/news/news-blog/2016/april/gender-bias-and-the-leaking-bi. Acesso em: 16 jun. 2022.

QUINTÃO, C. C. A.; BARRETO, L. S. da C.; MENEZES, L. M. de. A reflection on the role of women in Science, Dentistry and Brazilian Orthodontics. Dental Press J Orthod. 2021;26(2):e21spe2. Disponível: https://www.scielo.br/j/dpjo/a/7mnnpYqywCPyWs5X9SZg7Cv/. Acesso em: 13 jun. 2022.

SHELTZER, J. M.; SMITH, J. C. Elite male faculty in the life sciences employ fewer women. PNAS, v. 111, n. 28, jul., 2014. Disponível em: https://www.pnas.org/doi/10.1073/pnas.1403334111. Acesso em: 21 jun. 2022.

UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION (Unesco). Science, technology and gender: an international report. Paris, FR: UNESCO, 2007. Disponível em: https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000154045. Acesso em: 20 jun. 2022.

WITTEMAN, H. O et al. Are gender gaps due to evaluations of the applicant or the science? A natural experiment at a national funding agency. Lancet, 393(10171), p. 531-540, fev., 2019. Disponível em: https://www.thelancet.com/journals/lancet/article/PIIS0140-6736(18)32611-4/fulltext. Acesso em: 17 jun. 2022.

YSSELDYK, R. et al. A leak in the academic pipeline: identity and health amond postdoctoral women. Frontiers in Psychology. v. 10, 2019. Disponível em: https://www.frontiersin.org/article/10.3389/fpsyg.2019.01297. Acesso em: 21 jun. 2022.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##


Como Citar

LIMA, L. G. A. de; TEIXEIRA, M. do R. F. Um enfoque de gênero sobre o programa de pós-doutorado no exterior da CAPES. Revista Brasileira de Pós-Graduação, [S. l.], v. 18, n. especial, p. 1–14, 2023. DOI: 10.21713/rbpg.v18iespecial.2010. Disponível em: https://rbpg.capes.gov.br/rbpg/article/view/2010. Acesso em: 3 jul. 2024.

Seção

Dossiê Temático

Publicado:

out. 31, 2023
Palavras-chave:

Post-doctoral abroad, International postdoctoral, International postdoc, Gender gap, Women in Science Postdoctorado en el extranjero, Diferencia de género, Mujeres en la ciência Pós-doutorado no exterior, Diferença de gênero, Mulheres na ciência

Creative Commons License

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)